terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Meu disfarce...

Disfarço-me de inocente
Sentindo saudade
Da perdida e doce ingenuidade...


Disfarço meus medos, receios e anseios;
Posando de valente
Arrebentando correntes
Feitas com elos de papel...


Disfarço minha timidez
Incorporando personagens
Opostos ao que sou de verdade!


Disfarço até minha sombra
Trajando roupas estranhas
Pra que nem de longe ou de perto
Percebam minha presença...


Disfarço minhas dores
Com um sorriso tão sereno
Que comigo mesma penso
Como pude ser capaz!


Mas o meu óculos escuro
Não é bastante seguro
Para disfarçar as lágrimas
Que caem em horas erradas...


Tânia Cais

Nada sei...

Depois de muito viver,
Depois de muito aprender,
Interroguei-me com firmeza:
O que me faltava saber?!
Então me isolei em meu mundo
Indo ao mais profundo
Interior das lembranças,
E voltando a realidade
Deparei-me com a grande verdade:
Eu absolutamente nada sabia...
O que aprendi até então
Foi pra chegar a conclusão,
Que todo o conhecimento que eu tinha
Para mudar minha vida;
De nada ele me servia...
Persegui objetivos;
Que em nada me foram precisos,
Cansei um bocado correndo de um pra o outro lado,
Pra chegar onde já estava!
Também briguei com o tempo;
Que em nenhum momento
Mudou para me agradar...
Os sonhos que eu sonhei,
O dia que os conquistei;
Vi que não eram os meus,
E encontrei muito sofrimento
Buscando sentimentos;
Em quem não tinha pra dar...
Logo,
Nada sei...
Sabendo que nada sei,
Tudo ficou mais fácil!
Vou vivendo a minha história
Sem nada para pensar
E sem pressa para chegar...
Ela já estava pronta;
Antes de eu ser concebida,
Escrita pelo Senhor,
Que é também o autor da vida!
Entrego tudo a Ele,
Sem nada ter que temer
Se nada posso mudar
Pouco posso fazer,
E sob a guarda deste artista
Que criou a minha vida;
Mais nada preciso saber!!!

domingo, 23 de janeiro de 2011

Você aqui

Se você estivesse aqui
Teria tanto a te dizer;
De como foi difícil amadurecer
Sem contar com seu carinho...
Falaria da falta do seu abraço seguro,
Coisa que só um homem maduro
Pode dar a uma mulher...
E seria sob a luz do luar
Que eu iria te confessar
Um amor que ainda é...
Se você estivesse aqui;
Iria te mostrar como vivo
E te contar como sobrevivi...
Iria de madrugada,
Só eu e você de mãos dadas;
Falar só de nós dois...
Perguntaria sobre sua vida;
De suas dores e das suas alegrias,
E se num momento isolado,
Sem ter ninguém ao seu lado
Buscou-me no horizonte;
Assim como aqui distante;
Busco-te na minha imaginação...
É, mas você não está aqui,
Não posso saber de você;
Nem posso falar de mim...
Então; silêncio a saudade no peito,
Olho pra o céu e agradeço
Os dias que o tive ao meu lado!

Autora: Tânia Cais
E-mail: taniacais@hotmail.com
Digitação: Domingo 23 de Janeiro de 2011 - 14:10': Luís Carlos (http://irmaoflavio.blogspot.com/).